sexta-feira, 22 de março de 2013

Reunião de 7 de Dezembro de 2012



      No passado dia 7 de Dezembro de 2012 dedicámos o nosso encontro ao conhecimento do Sacramento da Ordem utilizando o YOUCAT como guia. Esta reunião teve o propósito de servir de preparação para as Ordenações que decorreriam no dia seguinte e na qual nós marcaríamos presença!
      Ao longo da reunião fui lançando as questões, colocadas pelo catecismo feito especialmente para os jovens, e cada um, livremente, dava as suas respostas que seriam então complementadas com as explicações do YOUCAT.
       A Ordem é, tal como o Matrimónio, um Sacramento de serviço à comunhão, pois quem é baptizado pode assumir um envio especial, pondo-se ao serviço de Deus. É importante referir que a ordenação trata-se de uma instituição para os outros e não para proveito próprio, pois como diz São Tomás de Aquino “A ordenação não é celebrada para a salvação de um indivíduo, mas de toda a Igreja.”
       O que acontece na Ordenação? Existem muitos ritos e momentos importantes numa ordenação, no entanto, salienta-se que neste Sacramento, o ordenado recebe o dom do Espírito Santo que lhe é concedido por Cristo através do Bispo e que lhe dá uma autoridade sagrada.
       São Tomás de Aquino dizia “Só Cristo é verdadeiro sacerdote, os outros são Seus Servos” e como tal, a Igreja mostra-nos que depois de Cristo, o sacerdócio só pode existir em Cristo, na imolação de Cristo na cruz e através do chamamento e do envio apostólico de Cristo.
       O Sacramento da Ordem compreende três graus: primeiro, o Diácono (diaconado), seguidamente, o Presbítero (presbiterado) e finalmente, o Bispo (episcopado).
        Na ordenação episcopal é transmitida a um Presbítero a plenitude do sacramento da Ordem e a Igreja encarrega-o especialmente, dos serviços de ensino, da santificação e da direcção. O Bispo encontra-se ao serviço do cristão católico como representante de Cristo e é o princípio visível e o fundamento da Igreja local (diocese).
        Na ordenação presbiteral, o Bispo invoca a força de Deus sobre o ordinando para nunca mais o abandonar. O Presbítero, como colaborador do seu Bispo, anunciará a Palavra de Deus, celebrará os sacramentos e presidirá à Sagrada Eucaristia.
        Na ordenação diaconal, o candidato representa Cristo como Aquele que não veio “para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt 20, 28). Na Liturgia da ordenação diz-se “No serviço da Palavra, do altar e da caridade, o Diácono está disponível para todos”. O arquétipo do Diácono é Santo Estêvão que agia “cheio de graça e de força” pela nova fé e pelos pobres da comunidade.
        Pode receber o Sacramento da Ordem qualquer homem baptizado e católico que a Igreja chamar a esse ministério.
        Uma das questões que é muito levantada pela sociedade é o facto de não serem admitidas mulheres ao sacerdócio. Não se trata de desvalorizar a mulher, no entanto, Deus dá-nos missões e carismas diferentes, não esquecendo que Jesus na Última Ceia, ao instituir o sacerdócio apenas elegeu homens.
        Porque motivo a Igreja exige uma vida celibatária aos bispos e aos presbíteros? Jesus viveu celibatariamente, exprimindo assim o Seu amor indiviso por Deus-Pai. Assim, pede-se que no sacerdócio se assuma o estilo de vida de Jesus, vivendo uma castidade celibatária “por causa do Reino dos Céus” (Mt 19, 12), pois é sinal de entrega e total disponibilidade para o serviço.
        Também nos é pedido, comuns fiéis, que sejamos sacerdotes. Sacerdotes para agir em nome de Deus, servindo-O, distinguindo-nos do sacerdócio ministerial, pois este confere um poder sagrado para o serviço dos crentes; ministros ordenados que representam Cristo como pastores do Povo de Deus e cabeça da Igreja.
          “E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção deste tempo espiritual, para construirdes um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” (1Pd 2, 5).

Lígia Rolo

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