segunda-feira, 28 de maio de 2012

Oração Vicarial - Amora - 28 de Abril de 2012


      Depois de muita preparação por parte do grupo decorreu no sábado dia 28 de Abril a oração vicarial na paróquia da Amora. Como tem sido normal, esta decorreu na Igreja Beato João Batista Scalabrini e este ano em virtude de comemorarmos o 125º aniversário da fundação da Congregação dos Missionários de S. Carlos (Scalabrinianos) e de decorrer o Ano Vocacional Scalabriniano decidimos que seria uma boa oportunidade de dar a conhecer á vigararia o bonito carisma desta congregação. Apesar de sermos uma paróquia diferente no seio da vigararia há um grande desconhecimento por parte dos jovens das outras paróquias do objectivo e do trabalho realizado pelos Scalabrinianos em Portugal, na Amora e no resto do mundo.


       Esta oração foi presidida pelo padre Pio e teve como peça fundamental na sua elaboração o seminarista Pablo.


      Começámos a noite com a leitura de um dos textos bíblicos que mais inspirou a Congregação Scalabriniana, seguida de uma breve explicação do padre Pio:

“O SENHOR disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos. Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas.» Abrão partiu, como o SENHOR lhe dissera, levando consigo Lot. Quando saiu de Haran, Abrão tinha setenta e cinco anos. Tomou Sarai, sua mulher, e Lot, filho do seu irmão, assim como todos os bens que possuíam e os escravos que tinham adquirido em Haran, e partiram todos para a terra de Canaã, e chegaram à terra de Canaã. Abrão percorreu-a até ao lugar de Siquém, até aos Carvalhos de Moré. Os cananeus viviam, então, naquela terra. O SENHOR apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua descendência.» E Abrão construiu ali um altar ao SENHOR, que lhe tinha aparecido. Deixando esta região, prosseguiu até ao monte situado ao oriente de Betel, e montou ali as suas tendas, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente. Construiu também um altar ao SENHOR e invocou o seu nome. Abrão continuou a sua viagem, acampando aqui e ali, em direcção ao Négueb.”
Gn 12, 1-9

      Depois da entrada no espírito de oração ocorreram uns momentos de maior concentração com a exposição e adoração do Santíssimo.
      Depois deste momento passou-se á leitura do texto fundador da Congregação, o momento em que Scalabrini tomou a decisão de partir para a acção, o texto dos seus sentimentos aquando da sua passagem pela estação de Milão e encontro com um grande número de migrantes prestes a partirem para a América:

«Há vários anos, em Milão, fui expectador de uma cena que deixou em meu espírito, uma impressão de profunda tristeza.  Passando pela estação, vi a vasta sala, os pórticos laterais e a praça adjacente invadidos por trezentos ou quatrocentos indivíduos, vestidos pobremente, divididos em diversos grupos. Em suas faces bronzeadas pelo sol, sulcadas por rugas precoces que a privação costuma imprimir, transparecia o tumulto dos afetos que agitavam seus corações, naquele momento.  Eram velhos curvados pela idade e pelas fadigas, homens na flor da virilidade, mulheres que levavam após si ou carregavam ao colo suas crianças, pequenos e jovens todos irmanados por um único pensamento, todos orientados para uma meta comum.
Eram migrantes».  
J. B. Scalabrini

Seguiu-se um momento mais simbólico com a oferenda de vários símbolos do trabalho dos missionários scalabrinianos a favor dos migrantes:
  • Bíblia + velas – representa a palavra de Deus que todos os missionários anunciam nas suas missões sempre acompanhados pela luz de Cristo.
  • Mundo – representativo de todos os lugares de migração e das missões scalabrinianas.
  • Chinelas e pegadas coloridas (no chão) – marcam o caminhar dos migrantes que procuram uma vida melhor noutro lugar que não a sua terra.
  • Terço missionário – como uma forma de oração e prova de Amor à Rainha, Mãe da Igreja que intercede junto de Deus a favor dos nossos migrantes.
  • Scalabrini – Pai dos Migrantes e Refugiados, fundador da Congregação Missionária que consagrou a sua vida para ajudar aqueles que são obrigados a sair da sua casa para terras estrangeiras em busca de algo melhor.
  • Pão (cesta) – o alimento que muitas pessoas não têm e por isso se tornam migrantes para saciar a sua fome.


      Estando nós em pleno ano vocacional leu-se a seguir a oração pelas vocações, seguida de várias preces efectuadas por elementos das várias paróquias.


      Finalizada a oração, as pessoas foram direccionadas para o salão da igreja onde decorreu o tradicional convívio. O grupo conseguiu com algum esforço ter a exposição de Scalabrini já pronta no mesmo salão o que possibilitou a visita por parte de todos os jovens. Á entrada foram distribuídas duas recordações desta oração: uma sandália com uma citação de Scalabrini e uma pagela que representava o trabalho feito pelos missionários fora de Portugal.


       Foi uma oração bastante positiva e muito concorrida. É sempre bom dar a conhecer um pouco mais do nosso carisma, o que só pode ter resultados positivos no nosso futuro relacionamento com o resto da vigararia.

André Simão

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