domingo, 6 de maio de 2012

Reunião de 9 de Março de 2012


      No passado dia 9 de Março de 2012, a nossa reunião teve como convidado especial o nosso querido Padre Pio que nos veio falar sobre um dos Sacramentos, a Confissão.
      Este Sacramento, de entre os 7 que existem, é o mais esquecido de todos eles. A maioria das pessoas não tem por hábito confessar-se, algumas apenas se lembram no Advento ou Quaresma, outras nem isso. Como Jovens, sentimos que nós próprios também não damos o devido valor ao Sacramento da Confissão. Como estamos em Quaresma, esta reunião foi muito oportuna para compreender melhor o sentido da Confissão e esclarecer as dúvidas que temos sobre este Sacramento.


       Existe muitas coisas a dizer sobre este assunto mas começámos por perceber que há diversos nomes que se podem dar a este Sacramento. Confissão, Perdão, Reconciliação são algumas das designações que se dá a este momento. Confissão, porque é aqui que confessamos os nossos pecados; Perdão, pois confessamos os nossos pecados mas acima de tudo e mais importante ainda, pedimos perdão a Deus pelos nosso erros; Reconciliação, porque quando erramos e pedimos perdão, fazemos as pazes com o outro, neste caso, com Deus.


       Com isto, já conseguimos compreender que a Confissão não é apenas “ir dizer os pecados ao padre”, este momento implica um exame de consciência intenso. Antes de nos confessarmos devemos de facto perceber os nossos erros e arrependermo-nos dos nossos pecados, percebendo que não devemos voltar a cometer os mesmos erros. Só quando temos esta consciência é que devemos ir de coração aberto à Confissão.
       Uma das grandes questões colocadas por diversas pessoas é: “Se é Deus que nos perdoa, porque é que nos confessamos ao Padre e não nos confessamos directamente a Deus?”. Isto acontece, porque as pessoas necessitam de alguém que lhes diga que de facto estão perdoadas, precisam de um “Está tudo bem!”, para isso precisamos do Padre que é o intermediário entre Deus e nós.


       Outro ponto que leva as pessoas a não se confessarem é o facto de terem vergonha do Padre ou não se sentirem à vontade com determinado Padre. O Padre Pio, para nos explicar que devemos deixar este sentimento de lado, disse: “Quando temos muita sede não importa qual é a fonte, de que torneira vem a água, pode ser de prata, ouro ou lata. O que interessa é beber água e matar a sede.” De facto, se estamos mesmo arrependidos a apenas queremos o perdão de Deus, não importa através de quem o pedimos e o obtemos, o importante é saciarmos a nossa necessidade do perdão e da reconciliação com Deus.



       O Padre Pio quis ler uma passagem da bíblia para que compreendêssemos melhor o Sacramento da reconciliação. A parábola escolhida foi a do Filho Pródigo (Lc 15, 11-32). Esta parábola também deveria ser chamada a parábola do Pai Misericordioso, pois depende de como entendemos esta leitura. O filho que saiu de casa e se arrependeu é a figura central ou ainda mais importante que isto é a atitude do pai que perdoou o seu filho? Mais uma vez, qualquer uma das designações tem sentido, tudo depende da nossa interpretação.


       Foi uma reunião muito interessante e que serviu para crescermos um pouco mais, compreendendo melhor o verdadeiro sentido da Confissão, não sendo visto como um momento de tensão, nervosismo e vergonha mas sim uma forma de aliviarmos o peso dos nosso pecados no coração.

Lígia Rolo


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