No passado dia 9 de Março de 2012, a
nossa reunião teve como convidado especial o nosso querido Padre Pio que nos
veio falar sobre um dos Sacramentos, a Confissão.
Este Sacramento, de entre os 7 que
existem, é o mais esquecido de todos eles. A maioria das pessoas não tem por
hábito confessar-se, algumas apenas se lembram no Advento ou Quaresma, outras
nem isso. Como Jovens, sentimos que nós próprios também não damos o devido
valor ao Sacramento da Confissão. Como estamos em Quaresma, esta reunião foi
muito oportuna para compreender melhor o sentido da Confissão e esclarecer as
dúvidas que temos sobre este Sacramento.
Existe muitas coisas a dizer sobre este
assunto mas começámos por perceber que há diversos nomes que se podem dar a
este Sacramento. Confissão, Perdão, Reconciliação são algumas das designações
que se dá a este momento. Confissão, porque é aqui que confessamos os nossos
pecados; Perdão, pois confessamos os nossos pecados mas acima de tudo e mais
importante ainda, pedimos perdão a Deus pelos nosso erros; Reconciliação,
porque quando erramos e pedimos perdão, fazemos as pazes com o outro, neste
caso, com Deus.
Com isto,
já conseguimos compreender que a Confissão não é apenas “ir dizer os pecados ao
padre”, este momento implica um exame de consciência intenso. Antes de nos
confessarmos devemos de facto perceber os nossos erros e arrependermo-nos dos
nossos pecados, percebendo que não devemos voltar a cometer os mesmos erros. Só
quando temos esta consciência é que devemos ir de coração aberto à Confissão.
Uma das
grandes questões colocadas por diversas pessoas é: “Se é Deus que nos perdoa,
porque é que nos confessamos ao Padre e não nos confessamos directamente a
Deus?”. Isto acontece, porque as pessoas necessitam de alguém que lhes diga que
de facto estão perdoadas, precisam de um “Está tudo bem!”, para isso precisamos
do Padre que é o intermediário entre Deus e nós.
Outro
ponto que leva as pessoas a não se confessarem é o facto de terem vergonha do
Padre ou não se sentirem à vontade com determinado Padre. O Padre Pio, para nos
explicar que devemos deixar este sentimento de lado, disse: “Quando temos muita
sede não importa qual é a fonte, de que torneira vem a água, pode ser de prata,
ouro ou lata. O que interessa é beber água e matar a sede.” De facto, se
estamos mesmo arrependidos a apenas queremos o perdão de Deus, não importa
através de quem o pedimos e o obtemos, o importante é saciarmos a nossa
necessidade do perdão e da reconciliação com Deus.
O Padre
Pio quis ler uma passagem da bíblia para que compreendêssemos melhor o
Sacramento da reconciliação. A parábola escolhida foi a do Filho Pródigo (Lc
15, 11-32). Esta parábola também deveria ser chamada a parábola do Pai
Misericordioso, pois depende de como entendemos esta leitura. O filho que saiu
de casa e se arrependeu é a figura central ou ainda mais importante que isto é
a atitude do pai que perdoou o seu filho? Mais uma vez, qualquer uma das
designações tem sentido, tudo depende da nossa interpretação.
Foi uma
reunião muito interessante e que serviu para crescermos um pouco mais,
compreendendo melhor o verdadeiro sentido da Confissão, não sendo visto como um
momento de tensão, nervosismo e vergonha mas sim uma forma de aliviarmos o peso
dos nosso pecados no coração.
Lígia Rolo
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